segunda-feira, 17 de junho de 2019

"Apreender é agir"


        Ao analisar o texto Processos de Ensinagem na Universidade - Pressupostos para as estratégias de trabalho, da autora Léa da Graças Camargos Anastasiou encontra-se o termo APREENDER, diferente de APRENDER, pois apreender significa agir, informar-se, apropriar-se, manter-se em movimento, em direção ao conhecimento.
          Este processo ocorre através do estímulo do meio, da relação do sujeito com o conhecimento, em que este assimila mentalmente os conhecimentos disponíveis e os retém na memória mediante estudo. O professor desempenha o papel de mediador entre o aluno e o conhecimento.
       O processo de aquisição do conhecimento é resultado de complexas operações do pensamento, como por exemplo comparação, resumo, observação, classificação, interpretação, crítica, busca de suposições, imaginação, obtenção e organização dos dados, levantamento de hipóteses, aplicação de fatos e princípios a novas situações, decisão, planejamento de projetos e pesquisas.
            É essencial que o professor possa sempre flexibilizar a metodologia, a prática pedagógica e até mesmo a avaliação para contribuir no desenvolvimento dessas operações fazendo com que o aluno construa estratégias e alcance os objetivos traçados para a formação integral do sujeito.

" O professor é parte do processo de aprendizagem"


         Em relação ao modelo de ensino e aprendizagem do século XXI pode-se dizer que ENSINAR significa despertar o aluno para o conhecimento, em que o professor é parte do processo de aquisição da aprendizagem e não o centro dele. 
     Esse processo - de APRENDIZAGEM - ocorre a partir das explicações do professor somando-se à bagagem cultural trazida pelo aluno sobre o assunto estudado. A partir de metodologias cuidadosamente selecionadas o professor irá mobilizar as vivências/conhecimentos que o aluno já possuí para, associados às experiências escolares, despertar o interesse pelo saber, por aprender a aplicar o conhecimento de forma útil no seu cotidiano. 
       A percepção do saber, ou seja, quando o aluno percebe que aprendeu/assimilou determinado conhecimento pode ocorrer dentro ou fora da sala de aula, de acordo com as vivências de cada sujeito.
        


sábado, 15 de junho de 2019

“Eu ensinei, o aluno é que não aprendeu”


A partir do frase que intitula este texto (Eu ensinei, o aluno é que não aprendeu”) é possível refletir sobre o modelo de ensino mais praticado no século XX pelas escolas em que, ao aluno somente o papel de escutar, anotar e memorizar as informações para a prova. Neste modelo, o aluno assume o papel passivo no processo de aprendizagem, o esquema abaixo desenha bem como se articulava esse método/visão de ensino:

Gestão da Sala de Aula - Celso Vasconcellos


A partir de entrevista com o professor Celso Vasconcelos sobre o tema Gestão da Sala de aula pode-se detectar que, para o desenvolvimento de um bom trabalho docente é necessário:
  • trabalho com conhecimento: o professor deve apropriar do saber, ou seja, ter domínio sobre o conhecimento científico que irá repassar;
  • organização da coletividade: promoção da disciplina através de combinações com os alunos, melhorando, assim, a convivência entre todos;
  • relação interpessoal: o professor deve procurar conhecer sua a turma, para, então, desenvolver propostos de ensino adequadas aqueles sujeitos.
É importante ressaltar o papel da disciplina dentro da sala de aula, pois ela possibilita um ambiente melhor, mais organizado e agradável favorecendo a aprendizagem. O que ocorre, muitas vezes, tanto com alunos como com professores, é pensar que ela deve ser imposta, isso é um engano, ela deve ser construída - através de combinações/regras - na relação do professor com o aluno.
O professor Vasconcellos também pontua que a escola deve propor objetivos bem definidos aos alunos, ou seja, todos os envolvidos no processo educacional devem estar cientes sobre quais aspectos serão desenvolvidos ao longo de sua caminhada dentro dessa instituição. Os principais aspectos que a escola deve desenvolver e aperfeiçoar nos alunos são:
  • aprendizagem efetiva: o aluno deve ser capaz de usar os conhecimentos adquiridos no seu cotidiano, ou seja, aplicá-los e não somente reproduzi-los sem saber o que significam;
  • desenvolvimento humano pleno: desenvolver aspectos físicos, cognitivos, afetivos, sociais, emocionais, entre outros;
  • alegria crítica: o aluno deve sentir-se bem, satisfação em aprender e, também, desenvolver a habilidade de resolver seus problemas em sala de aula e fora dela, na vida.
Ao refletir sobre esses aspectos percebe-se a importância do bom
relacionamento entre professor e aluno, para que o professor possa usar o
conhecimento que possui sobre o aluno para contribuir na sua mudança de
vida.
Por exemplo, se o aluno está em uma condição financeira ruim ou não
tem uma família estruturada, a escola pode representar a única
oportunidade desse sujeito vencer na vida, de vislumbrar outras
possibilidades para si mesmo e o professor é o mediador desse processo.
Portanto, o professor deve incentiva-lo a acreditar em si mesmo e a
compreender o potencial de transformação da escola para a sua vida.
Para concretizar esse objetivo - melhoria de vida - o professor deve, em primeiro lugar verificar se aquele conteúdo que ele deve ensinar é relevante para ele mesmo, se acredita naquilo que vai ensinar aos seus alunos e resgatar o significado daquele conhecimento.
A partir do momento em que o professor aprecia o saber empenha-se em pesquisar, aprofundar e estruturar as informações para, então, definir a melhor metodologia para aquele determinado grupo de alunos e para o conhecimento em questão, pois a escola como um todo deve apresentar-se interessante e desafiadora para os alunos.
O vídeo da entrevista pode ser conferido ao clicar aqui.
Para conhecer melhor o professor Celso Vasconcellos ao clicar aqui.

"Apreender é agir"

        Ao analisar o texto Processos de Ensinagem na Universidade - Pressupostos para as estratégias de trabalho, da autora Léa da Graças...